segunda-feira, 18 de junho de 2007

A arte de organizar ManiFESTAções

Não sabe com organizar uma ManiFestação? Perdido com a quantidade de ativistas chics e bem sucedidos que irão participar desta celebração anticapitalista? Indeciso sobre o tom de roupa a ser utilizado? Mr. Durden Poulain consultor de modas para manifestantes indecisos resolve seu problema, com estas dicas de etiqueta clássica para o novo manifestante (pós) moderno! Iremos lhe ajudar!

Por que realizar uma ManiFESTAção?

Manifestações são eventos públicos, logo se espera um comportamento requintado e uma etiqueta glamourosa de seus participantes. Normalmente a ManiFESTAção conta com três convidados fundamentais. A burguesia representada pelos centros comerciais, bancos, lojas de grife e outros espaços modernosos, os convidados, no caso estudantes, trabalhadores, desempregados, piqueteiros, zapatistas, sindicalistas e outros "revolté chics" e a polícia militar, que normalmente faz uma participação especial, o que rende um espetáculo nem sempre de acordo com o nível de diversão de que se espera desse tipo de evento.

Podemos dizer de maneira simplificada que uma ManiFESTAção cumpre alguns papéis fundamentais: Divulgar um evento social nobre, como a organização de um happy-hour pelo passe livre estudantil ou um reveillon a la ocupações urbanas de moradores sem-teto e integrar seus manifestantes. O primeiro papel visa impressionar os primeiros convidados, ou seja, a burguesia, e mostrar que nossas festas são muito bem organizadas e normalmente mais bem freqüentadas do que as deles (é sempre bom ter alguém nos observando esbanjar requinte nesses eventos sociais) e de que não estamos satisfeitos com suas festas capitalistas, há muito caviar e champagne para poucos e poucos canapés para muitos. Isso definitivamente não é chic.

Outro papel importante da manifestação é integrar seus manifestantes para que desenvolvam outros trabalhos posteriormente após o evento social(como as associações beneficentes anticapitalistas que são o supra-sumo da expressão moderna da indignação).

Há também o fator pessoal. Participar de maniFESTAções nos liberta temporariamente de algumas amarras da vida cotidiana, tal atitude por mais fugaz que pareça ser, consegue plantar algumas idéias divertidas na cabeça das pessoas sobre o poder de mobilização e organização de festas anticapitalistas que podemos ter. E sem dúvida nenhuma é um bom programa de final de semana.

Quais os lugares que devo realizar uma manifestação?

Manifestações são geralmente eventos públicos. Isso não impede que você realize uma festa privada para seus amigos em espaços mais aconchegantes, como agências governamentais, embaixadas, universidades públicas ameaçadas pela privatização e outros espaços mais agradáveis. Contudo, sem uma passarela, dificilmente poderíamos aproveitar os últimos modelos da estação, e não há melhor passarela do que espaços públicos, ruas, avenidas, praças e tudo mais que consiga causar "frisson" na dinâmica do transporte de mercadorias e pessoas no baile capitalista.

Posso levar minhas bandeiras?

Claro. Com a regra máxima de uma bandeira por militante, não reproduza a gafe dos partidos trotskistas, que insistem levar de regra quatro bandeiras para um militante em ManiFESTAções. Isso não é elegante. Prefira as bandeiras rubro-negras, são a última moda da estação, é uma tendência retrô que está na moda agora.

Um caso de sucesso

A expressão moderna mais visível da ação direta e que ganhou mais destaque durante todos os anos subseqüentes, foram sem dúvida as manifestações antiglobalização em Gênova, contra os 8 países mais ricos do mundo, o chamado G8.

O grupo mais enfocado em todo o processo(na verdade tática de atuação em manifestações) foi o Black Bloc, estratégia organizada criada nessa ocasião para reagir contra a violência policial e que além disso destruiu vidraças e símbolos capitalistas, mostrando ao mundo uma face da globalização que não era tão bonita quanto os teóricos do neoliberalismo gostariam de mostrar(seus estilistas liberais já saíram de moda, isso é verdade).

O anarquista italiano Errico Malatesta já afirmava que o oprimido encontra-se sempre em situação de legítima defesa e foi neste tipo de situação em que os movimentos antiglobalização estavam, tais movimentos representavam uma parcela dos excluídos do grande projeto globalizador, um projeto violento, uma violência econômica em escala global, que por sinal causa muito mais estragos do que simples vidraças de bancos ou de multinacionais capitalistas quebradas.

Como diria Bertold Bretch, "o que é uma vidraça de um banco quebrado sobre o crime que é o próprio existir?". O black bloc definiu toda uma "etiqueta de moda" para as subseqüentes gerações de ativistas entediados com a etiqueta moderna démodé. O black bloc virou a referência mundial para os ativistas anticapitalistas mas é tempo de reflexões.

A influência do fabuloso New Kids on the Black Bloc na juventude new hyppe

A tática de atuação do black bloc, que por breve análise já define o que deveria ser, ou seja, uma tática temporária e autônoma diante de uma realidade específica e em um momento específico(em manifestações), ao contrário disto, influenciou fortemente a juventude anticapitalista de diversos países e ao contrário de delimitar-se como simples e eficiente tática de ação direta transformou-se em estratégia de atuação para alguns. Um fim em si mesmo. O grau de organização revolucionária seria o termômetro da radicalidade das manifestações, estas definiram o quão radicalizado estaria o movimento social de um determinado país/setor popular. Ledo engano.

Manifestações populares violentas não refletem necessariamente o grau de organização dos oprimidos(as touradas, e a tomatina são extremamente violentas e nem por isso exatamente políticas).

Para isso temos de diferenciar, rebeldia de revolta. Usaremos os dois termos por fins meramente didáticos.

A rebeldia seria uma insatisfação popular, proveniente de algum acontecimento não necessariamente político, mas que causasse alguns prejuízos aos órgãos do poder ou da iniciativa privada(como foi o caso da gloriosa manifestação que queimou a Estação das Barcas, feita espontaneamente por populares em 1959 em Niterói-Rio de Janeiro [1]) por meio do agrupamento de indivíduos que resolvem demonstrar sua insatisfação. A revolta seria a rebeldia "mais organizada", ou seja, além de uma intensa insatisfação, haveria um grau de organização do movimento(os bastidores que antecedem o aguardado desfile), cuja radicalidade pública seria apenas uma faceta de seu aspecto político, mas que não se encerraria ali, nas ruas, ou no dia do protesto(podemos citar o Grito dos Excluídos realizado em diversas cidades brasileiras como o mais bem sucedido ato neste sentido).

Para fins práticos, uma manifestação bem sucedida é a que representa um movimento social ativo. Como um iceberg que resolve flutuar e expor apenas 10% de todo seu corpo em determinada época, mas mesmo que aquele cume de 10% de gelo seja "destruído" haverá os outros 90% que não são visíveis à linha do mar, mas continuam a resistir/existir, subterraneamente.

"Estimulados pelas imagens e apelos sensacionalistas dos meios de comunicação em geral, muitos jovens engrossam as passeatas movidos mais pela adrenalina, na busca inconsciente de um "ritual de passagem", do que por uma atitude refletida. Dessa forma como em um fenômeno de retroalimentação, boa parte dos ativistas que ingressam em uma manifestação, na verdade, é recrutada pela mídia burguesa e não pelo espírito libertário que deveria determinar o movimento" (Do texto A Insuficiência das Ruas [2])

O que acontece normalmente, é que nas típicas manifestações anticapitalistas não há essa imensa parte deste corpo submerso. O resultado é que elas desmancham-se tão rapidamente quanto o gelo se derrete(e afundam como o Titanic sem nenhum tipo de etiqueta), este é o problema de confundir meio com fim e fim com o meio. As maniFESTAções preferencialmente devem ser a expressão pública de um movimento(ou da soma de vários).

Se as manifestações vão ser temporárias que sejam criativas(e preferencialmente pacíficas como as contra a invasão do Afeganistão realizadas no Rio de Janeiro[3] e em outras partes do mundo) e possibilitem os indivíduos que participam ter confiança e tranqüilidade no que vão fazer.

Obviamente, manifestações que se pretendem ser combativas e anticapitalistas a ponto de reagirem duramente aos ataques da polícia, não podem ser agrupamentos temporários com data e hora para acabar(se vão ser há de se pensar longamente uma estratégia anterior para que os convidados se conheçam, algo como um coffe-break organizacional) e devem no mínimo ser inteligentes(ou seja que se avalie a chance REAL do enfrentamento policial ser bem sucedido no que se propõe), nem feitas por um grupo muito reduzido de participantes(pois isso vai fazer com que sua festa fique vazia e as revistas de moda fotografem seu fracasso).

Conhecer os convidados é fundamental.

Como confiar em alguém que você nunca viu antes na vida, frente a possibilidade de ser agredido pela polícia e recorrer a este "ilustre" desconhecido uma ajuda? É confiável? É seguro para seus participantes? Todos temos limitações. Como confiar que um companheiro não irá literalmente "dar no pé" caso a polícia resolva "engrossar o caldo"(e quando o caos se instala na manifestação, não há organização que segure, há apenas impulsos primitivos e muita correria). É preciso ter o que os anarquistas chamam de grupo de afinidade; se com eles já é difícil, sem eles mais ainda.

Sobre as reuniões preparatórias, é obviamente simples: reuniões não definem, nem resolvem a fragilidade temporal do agrupamento, mas se bem feitas podem ser amplamente bem sucedidas. Devo citar o óbvio, por que nem sempre o óbvio está claro para alguns: JAMAIS ORGANIZE MANIFESTAÇÕES PELA INTERNET! Isso é extremamente rude e grosseiro! Uma gafe mortal! Além disso você provavelmente será mapeado pela inteligência dos órgãos de polícia. Tais toupeiras(ops), digo militantes que organizam atos pela internet(especificamente os fóruns públicos onde qualquer tecnocrata da agência de inteligência dos órgãos de repressão podem acessar) devem estar atentos a grosseria em que se é realizar um convite por esta via.

Envie um convite com papel timbrado, é muito mais chic.

Manifestações organizadas com antecedência costumam evitar muitos problemas subseqüentes, não vão prever todos os acontecimentos, mas conseguem ser úteis até para "sentir" o espírito dos que dela irão participar(isso é útil para identificar infiltrados, oportunistas, paparazzis ávidos por notícias das celebridades etc), para definir quem fica responsável pelo o quê, para apertar os parafusos em suma e para definir o modelito adequado da maniFESTAção e os tons pastéis que serão utilizados nas faixas. A regra, é que sempre surgem alguns provocadores que resolvem "dar a linha" ao movimento no "melhor" dia possível, ou seja, no dia da maniFESTação.

Normalmente esses chiliques autoritários, provém de convidados que não se preocupam com a organização que antecede o evento(estão mais preocupadas em aparecer no dia para desfilar seus modelitos europeus black bloc estilizados). Há um medo latente, especificamente no movimento libertário de parecer "ser autoritário". Aliás quer ofender um anarquista? Chame-o de autoritário. Ele vai adorar. Talvez lhe pague uma coca-cola.

Este receio(que poderia ser chamado da síndrome do medo de dizer NÃO, algo que Reich deveria explicar[4]) dos libertários em geral, acaba dando espaço para que os individualistas do movimento imponham suas idéias no dia em que estas não tem tempo para serem discutidas: O DIA DA MANIFESTAÇÃO. É no dia da manifestação que estes individualistas new hyppe pós-modernos querem impor ao movimento algo não deliberado; não que situações fora do comum não ocorram, mas caso aconteça a reação frente a esta, não deve ser produto de uma mente histérica e ávida por esportes radicais, mas sim de um grupo coeso e minimamente consciente do que faz(os tais grupos de afinidade citados anteriormente).

Normalmente, esse tipo de provocador apela para um sentimento covarde e infantil, do qual se valem para impor suas idéias a força: o militar-ativismo(um neologismo vulgar, sendo uma mistura esdrúxula da hierarquia militar com o ativismo social).

Os que resolvem "enfrentar" a polícia, a primeira linha de frente contra o batalhão de choque(os astros da passarela), quem foi preso, quem ganhou mais pontapés e chutes do fascismo democrático ganha mais medalhas e "respeito" do "movimento".

Nossos padrões de beleza e luxúria já foram muito mais exigentes.

Tenho que citar um exemplo histórico para contestar este tipo de comportamento, que é o da revolução espanhola em 1936, enquanto as milícias enfrentavam os fascistas no front, uma legião de operários e trabalhadores produzia a comida, autogestionava os transportes, distribuía a comida, e faziam uma série de serviços funcionarem. Aliás, pobres seriam os milicianos do front sem os agricultores da Catalunha ou de Saragoza, sem as batatas que os mesmos plantavam...

Podemos dizer seguramente segundo este relato histórico, que o trabalho do menino que produzia pães numa padaria coletivizada na Espanha durante a guerra civil era tão importante quanto o do miliciano que arriscava sua vida contra os fascistas nas barricadas. E obviamente pelos seres humanos pertencerem a realidades, personalidades e corpos distintos, não podemos forçar um companheiro ou uma companheira a participar do enfrentamento nas manifestações, se esta/e não se sente segura/o para tanto(quem não quiser desfilar na passarela, pode maquiar os manifestantes ou preparar os convites com letras em relevo e papel couche).

Tal prática é feita rotineiramente, sendo a reprodução de um subjetivismo interno a nível coletivo, algo semelhante ao medonho jargão do "sentimentalismo pequeno-burguês" do qual se valeu Lênin para responder a revolta da anarquista Emma Goldman com os operários fuzilados e a falta de liberdade na Rússia, pós 17.

Boclheviques sem dúvida nenhuma, não tem nenhum senso de humor.

Em algumas vezes alguns militantes comportam-se como se o ápice da maniFESTAção fosse justamente ser preso pela polícia! É o sardo-marxoquismo? Ou é a velha ideologia cristão do sofrimento interiorizada? Que coisa velha e antiquada! Todos nós sabemos que o cristianismo morreu com cristo como diria o tio Nietzsche, por que reproduzi-lo! E por que a prisão dos manifestantes deve ser o fim? Mas ao que parece, há convidados que não se importam com o fato da festa estar cheia ou vazia, irão agir da mesma forma como se a realidade fosse algo estático. Enfrentar 200 policiais com 50 manifestantes não é elegante e muito menos inteligente(muitos ainda não sabem disto infelizmente).

Agora se reunirmos 5000, ah sim, faltarão canapés vegans para todos, mas decerto aí sim as vidraças quebradas ficarão muito mais glamourosas!

Há obviamente uma diferença brutal entre a realidade do movimento libertário latino-americano e os movimentos da Europa(eles tem grana, nós não). Primeiro é que na maioria dos países com forte tradição libertária e anticapitalista é possível reunir alguns milhares de manifestantes em passeatas, geralmente bem organizadas, com comissões de segurança, de direito, com ampla repercussão e propaganda anterior. Sem contar que na Europa, há países geograficamente muito mais próximos o que possibilita uma coordenação de solidariedade intentando "engrossar" as passeatas anticapitalistas, o que foi feito no G8(o festival de Cannes do anticapitalismo!). Lá eles queimam carros, aqui queimamos pneus, é uma grande diferença não? Mas não se se desanime por conta disto, use sua realidade a seu favor!

O maior erro do idealista, é querer adaptar à força a realidade às suas próprias convicções. Por que diabos então, temos de importar o modelo black-bloc para nossa realidade latino-americana se temos modelitos muito mais chiques?

É comum ver em manifestações manifestantes fantasiados/mascarados de preto, sendo que especificamente no Brasil há uma realidade muito diferente da Europa neste sentido. O capuz aqui tem uma conotação muito diferente, para a polícia brasileira e sim nós temos de pensar como ela pensa(apesar de inteligência policial ser uma completa ambigüidade) o capuz está associado ao tráfico de drogas, ao "quem não deve não teme", e ao "está se escondendo porque playboy?". Isso acaba por obter o efeito contrário do pretendido, ao invés de proteger a identidade dos participantes, aguça os órgãos de segurança a identificá-los e estigmatiza os participantes como algo "estranho" às pessoas que deveriam estar ali juntas reunidas e deveriam ser o objetivo da manifestação: o público, digo a população.

Aliás, se quisermos uma forma melhor de ficarmos anônimos, larguemos as máscaras negras e realizemos um trabalho de base no movimento social. Quanto mais cheia a manifestação, maior a possibilidade de permanecermos anônimos(isso evita os malditos paparazzis).

O movimento anarquista hoje precisa mais de padeiros do que milicianos. Mais formigas, menos cigarras. Há muita dança(e ela deve continua a existir, pois se "Não posso Dançar não é minha Revolução", como diria a anarquista Emma Goldman), mas há pouca música. Chega de Rotary clubs libertários, o turismo social é um saco, estar em tudo é legal, mas acabamos não estando em nada. Assuma, sua linguagem chic-revolté só está servindo para meia dúzia de chics revoltés como você. Ela precisa se expandir. Utilizando uma expressão grosseira, a festa tem de "bombar" e eu não estou me referindo à Ravachol ou aos anarquistas insurrecionistas gregos, estou me referindo ao trabalho de base.

Os tijolos que o movimento precisa construir são esses tijolos, a argamassa do movimento: com os setores populares. Enquanto dermos festas para nós mesmos, continuaremos a ensaiar passos de dança para públicos reduzidos.

Vidraças quebradas e carros queimados devem ser apenas uma conseqüência divertida e glamourosa da aglutinação popular.

Voilá! Vamos às festas!

[1] Os manifestantes ainda queimaram a casa do dono da concessionária que administrava as barcas(Hip-Hurra!).

[2] AÇÃO LIBERTÁRIA Nº 01 - "A Insuficiência das Ruas" - Texto do Núcleo de Base do IEL

[3] Esta contou com um George Bush na camisa de forças correndo pelo centro da cidade atraindo a atenção de centenas de populares: sucesso total.

[4] Psicólogo Norte-Americano e dissidente de Freud, piadinha vulgar com o "Freud Explica". Reich foi expulso do partido comunista e da sociedade psicanalista, acusado pelo Partido Comunista de ser psicanalista demais para ser comunista e pela sociedade psicanalista de ser comunista demais para ser psicanalista.

3 comentários:

Fernando Beserra disse...

Eu já tinha lido o post, =P, até tinha falado que achei foda, especialmente por reunir "Festa" e organização, dois componentes essenciais para se sair do encouraçamento stalinista e da bagunça esteril. No entanto, já tinha colocado também minha crítica, pelo fato deu ver muitas vezes a importancia do próprio Caos, como formentador de resultados positivos.. é um momento de liberação, por mais que no início ela possa sair meio torta... =)

Timóteo Timpin Pinto disse...

Post altamente mais ou menos, começou muito bom, mas ficou meio sério demais do meio pra frente. Mas nada que um bom plágio não resolva.

Fernando Beserra disse...

3 vivas ao plagio! =)